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Assédio no ambiente de trabalho: uma situação constante

Caracterizado​ como​ ​uma perseguição​ insistente​ e​ ​inconveniente, o​​ assédio é uma situação constante na sociedade. No mercado​ de​ trabalho, tal​ ​agressão​ ​moral​ ​é evidente quando​ o​ ​empregado​ é exposto ​a​​constantes situações​ de​ rebaixamento e constrangimento​ ​vindas ​de outros​ funcionários​ ou​ chefes. Da mesma forma, insinuações sexuais ocorrem frequentemente, principalmente com mulheres, segundo aponta uma pesquisa, na qual 70% dos casos de assédio sexual são com mulheres. O assédio sexual é crime e amparado pela lei​ n°​10.224​, ​de​ 15 de​ maio​ de​ 2001,​ artigo ​n°216-A ​ do​ Código Penal​ Brasileiro.​


Devido ao surgimento da internet, alguns casos ganharam repercussão, abrindo espaço para discussões fervorosas. Um exemplo disto ocorreu na última ​​terça​ feira​ ​ (9)​, a​​ atriz Maísa ​Silva​ passou​ por um​ episódio​ que ​pode ​ser reconhecido como​ assédio​ moral, quando ​o​ ​apresentador ​Danilo​ ​Gentili​ ​serviu para​ ​a​ ​sua ​convidada vodka​ ao​ ​invés de​ água,​ apesar​ ​da​ atriz​ ​ter​ ​apenas​ ​15​ ​anos. ​Não​​ ​faz​ ​muito​ ​tempo​, ​a mesma sofreu outro​ ​episódio de​ ​constrangimento​ em​ rede​ nacional, quando o​ ​​apresentador​ ​Silvio​ Santos​, dono da emissora SBT, tentando persuadi-la a iniciar um namoro​​ ​com​ ​o​ ​apresentador​ ​Dudu Camargo. Apesar das negações e do visível desconforto da atriz, tanto o convidado quanto apresentador do programa não pareciam se dar conta da situação em que colocavam Maísa, pois continuavam rindo e fazendo brincadeiras com ela.


Os limites entre​ uma​ investida ​e ​um ato​ desrespeitoso são questões delicadas e​ ​merecem​ atenção, principalmente no​ mercado​ de​ trabalho,​ onde ​crimes como esses podem​ render pena​ ​de​ até​ dois anos​ de ​prisão,​ além de​ uma​ indenização à​​ vítima.


O assédio também ocorre dentro do âmbito acadêmico, no qual a vítima possui uma posição hierarquicamente inferior, em muitos casos. É o que relata um discente da Universidade Federal do Amazonas, cujo a identidade não será revelada. Segundo a vítima, a situação aconteceu em dezembro do ano passado, quando o aluno questionou ao seu professor sobre a contagem de sua frequência nas aulas, que, conforme o aluno, estava incorreta. O professor usou de tom ofensivo e expôs o aluno perante toda a turma. Acusou-o ainda de subestimar sua posição, e em tom de deboche, falou que o aluno deveria questionar a direção do departamento do curso.


O aluno se sentiu constrangido e intimidado após o ocorrido, afetando sua saúde emocional. Segundo a vítima, a situação fez com que ele pensasse em desistir do curso já que teve receio de ser perseguido pelo professor. Atualmente, o aluno está à espera da conclusão de seu curso, para que finalmente possa dar continuidade ao processo contra assédio moral dentro do setor acadêmico.


Situações como essas​ demonstram​ que​ ​apesar da pena de lei ou de outros esforços informativos, ainda há​ um longo​ caminho​ a​ ​ percorrer na luta contra esses tipos de abusos no ambiente de trabalho.​ É bom que essas questões sejam discutidas e que as pessoas possam se sentir amparadas para fazer as denúncias no ambiente de trabalho.



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