Assédio no ambiente de trabalho: uma situação constante
- Adrielly Larissa, Ana Carolina, Caroline de Jesus
- 18 de out. de 2017
- 2 min de leitura
Caracterizado como uma perseguição insistente e inconveniente, o assédio é uma situação constante na sociedade. No mercado de trabalho, tal agressão moral é evidente quando o empregado é exposto aconstantes situações de rebaixamento e constrangimento vindas de outros funcionários ou chefes. Da mesma forma, insinuações sexuais ocorrem frequentemente, principalmente com mulheres, segundo aponta uma pesquisa, na qual 70% dos casos de assédio sexual são com mulheres. O assédio sexual é crime e amparado pela lei n°10.224, de 15 de maio de 2001, artigo n°216-A do Código Penal Brasileiro.
Devido ao surgimento da internet, alguns casos ganharam repercussão, abrindo espaço para discussões fervorosas. Um exemplo disto ocorreu na última terça feira (9), a atriz Maísa Silva passou por um episódio que pode ser reconhecido como assédio moral, quando o apresentador Danilo Gentili serviu para a sua convidada vodka ao invés de água, apesar da atriz ter apenas 15 anos. Não faz muito tempo, a mesma sofreu outro episódio de constrangimento em rede nacional, quando o apresentador Silvio Santos, dono da emissora SBT, tentando persuadi-la a iniciar um namoro com o apresentador Dudu Camargo. Apesar das negações e do visível desconforto da atriz, tanto o convidado quanto apresentador do programa não pareciam se dar conta da situação em que colocavam Maísa, pois continuavam rindo e fazendo brincadeiras com ela.
Os limites entre uma investida e um ato desrespeitoso são questões delicadas e merecem atenção, principalmente no mercado de trabalho, onde crimes como esses podem render pena de até dois anos de prisão, além de uma indenização à vítima.
O assédio também ocorre dentro do âmbito acadêmico, no qual a vítima possui uma posição hierarquicamente inferior, em muitos casos. É o que relata um discente da Universidade Federal do Amazonas, cujo a identidade não será revelada. Segundo a vítima, a situação aconteceu em dezembro do ano passado, quando o aluno questionou ao seu professor sobre a contagem de sua frequência nas aulas, que, conforme o aluno, estava incorreta. O professor usou de tom ofensivo e expôs o aluno perante toda a turma. Acusou-o ainda de subestimar sua posição, e em tom de deboche, falou que o aluno deveria questionar a direção do departamento do curso.
O aluno se sentiu constrangido e intimidado após o ocorrido, afetando sua saúde emocional. Segundo a vítima, a situação fez com que ele pensasse em desistir do curso já que teve receio de ser perseguido pelo professor. Atualmente, o aluno está à espera da conclusão de seu curso, para que finalmente possa dar continuidade ao processo contra assédio moral dentro do setor acadêmico.
Situações como essas demonstram que apesar da pena de lei ou de outros esforços informativos, ainda há um longo caminho a percorrer na luta contra esses tipos de abusos no ambiente de trabalho. É bom que essas questões sejam discutidas e que as pessoas possam se sentir amparadas para fazer as denúncias no ambiente de trabalho.
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