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Tema da Semana: Entrevista com o Secretário da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula

Nesta semana tivemos a oportunidade de entrevistar o secretário da Manauscult (Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos). Procuramos saber alguns pontos do secretário acerca dos mega eventos da cidade de Manaus, como planejamento desses eventos, a importância da valorização da classe artística local e mais! Dá uma conferida na matéria e compartilha aí com a gente! 😃

foto: facebook

Bernardo, durante esses anos como secretário de cultura, você poderia nos contar como é trabalhar com a produção de eventos na região? É um grande privilégio: somos berço de uma cultura milenar que hoje abriga uma diversidade de costumes, histórias, vidas que ajudaram a forjar a Manaus que temos hoje. Essa realidade é tão forte que será a tônica do nosso Museu da Cidade, que será instalado no Paço da Liberdade em 2018, com a curadoria de um dos maiores nome do segmento, Marcello Dantas, curador de museus como o da Língua Portuguesa e a Japan House, em São Paulo. Será um museu de Identidade, contando a história da cidade a partir de sua gente. Então, para nós, tudo isso é muito representativo e poder dar ressignificação a esse valor histórico é uma grande responsabilidade, mas também um enorme prazer. O desafio, claro, sempre existe e hoje passa pela questão de as pessoas entenderem a nossa identidade cultural e valorizá-la, assumindo nossa condição única, autoral e grandiosa. Como são pensados, e como é feito o planejamento e cronograma de todos os eventos produzidos? Desde 2013 vimos trabalhando na definição de um calendário de eventos da cidade, capaz de integrar Cultura e Turismo, dois segmentos que são vetores de desenvolvimento de qualquer região. Manaus é a capital da Amazônia, exemplo de sustentabilidade e de responsabilidade fiscal, reconhecida recentemente pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Não por acaso, estivemos inseridos nos dois principais eventos mundiais esportivos: Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Poucas cidades no mundo conseguiram tal feito em pouco tempo. Tivemos ainda a parceria da Rock Word que escolheu Manaus para lançar seu projeto socioambiental – o Amazonia Live – que culminou em um belo espetáculo no meio do Rio Negro, com a apresentação do tenor Plácido Domingo, e com show da cantora Ivete Sangalo, na praia da Ponta Negra, cujas imagens ganharam repercussão internacional. Fruto dessa parceria, conseguimos ainda levar Manaus para o Rock in Rio este ano, em um estande que chamou a atenção da imprensa nacional e aglutinou 10% do público circulante do festival, aproximadamente 50 mil pessoas. Diante de todo esse contexto, enxergamos o nosso Carnaval, que abriga bandas tradicionais, com mais de 30 anos de história, como uma das maiores manifestações populares de rua e que abre o calendário de eventos da cidade. Em junho, temos o Festival Folclórico que, este ano, passou a ser realizado na Ponta Negra, em um novo formato, devolvendo ao festival o conceito de simplicidade, do tablado, que é parte da apresentação dos grupos por conta da marcação do ritmo, da aproximação com o espectador, à beira do rio...o resultado não poderia ter sido melhor: recebemos um público de mais de 50 mil pessoas em 13 dias de evento. Por uma eventualidade relacionada à organização dos grupos, ele ocorreu em julho e agosto. O Passo a Paço, projeto de ocupação cultural do Centro Histórico de Manaus, que já levou mais 193 mil pessoas a lugares que até então eram desconhecidos da população, vem desbravando novas fronteiras a cada nova edição. Este ano foi vez da travessa Vivaldo Lima, dentro do Porto de Manaus, que estava fechada há mais de 15 anos à visitação. Passamos a realizá-lo no mês de Agosto a fim de distribuirmos melhor o calendário de eventos da cidade, contemplando assim um grande evento a cada trimestre. Na sequência, tivemos o Boi Manaus, tradicional comemoração de aniversário da cidade, que consolidou seu novo formato, realizado na Ponta Negra desde 2015, com mais de 131,7 mil pessoas em dois dias de evento. Paralelo a isso, trouxemos o espetáculo Rival Rebolado, um teatro de revista, gênero tipicamente brasileiro, para apresentações gratuitas no Les Artistes Café Teatro, que abrangeu um público de mais de 400 pessoas em quatro sessões. Este espetáculo estava previsto para o Passo a Paço, mas por conta de questões de saúde da atriz Leandra Leal, foi adiado para o aniversário da cidade. Entramos agora nos preparativos para o Réveillon, que é o maior do Norte do País, o único cuja contagem regressiva é transmitida ao vivo para todos os Estados da região, à exceção do Pará. Mais de 4,7 milhões de pessoas passaram pelos novos maiores eventos desde 2013, que foram realizados sempre valorizando a nossa classe artística e o trabalho autoral. Um caso de um evento de sucesso realizado recentemente foi o Boi Manaus. Você poderia falar um pouco sobre a avaliação deste? O Boi Manaus completou 20 anos de tradição este ano, mostrando a força de parte da nossa identidade cultural. Realizamos o evento em parceria com os artistas locais, inclusive, entendemos e atendemos a demanda apresentada por eles de retorno da feirinha do Tururi, que este ano passou a ser o Shopping do Tururi e foi sucesso de público, realizada durante nove dias na av. do Samba. Para nós, o diálogo com a classe artística é uma constante, faz parte do nosso trabalho. Todos os nossos editais, por exemplo, têm reuniões que antecedem sua publicação. Temos dialogado diretamente com o segmento e com o público em geral, por meio de votações e escolhas realizadas via Internet, num entendimento muito claro da gestão participativa, ampla, democrática e transparente. Temos consciência de que não somos unanimidade, mas temos obtido resultados muito positivos a partir da mensuração de nossos relatórios, principalmente via redes sociais. Este ano o Boi Manaus passou a ser realizado em dois dias na Ponta Negra por uma escolha dos próprios artistas, registrada durante reunião realizada na Manauscult e transmitida via Facebook. Precisamos tirar o trio elétrico da av. Itaúba, na Zona Leste, por uma exigência do Corpo de Bombeiros: havia um fio de alta tensão que ficava muito próximo aos artistas durante o trajeto e não obtivemos mais autorização para o evento. Pode nos contar porquê produzir todos esses eventos grandiosos e falar sobre a importância de valorizar o trabalho artístico local? Manaus desponta como porta de entrada da Amazônia, capital grandiosa em todas as suas proporções. Temos o maior rio do mundo em extensão e volume de água, a maior área preservada do País e uma cultura que respira a diversidade, a convivência entre o histórico e o moderno, a natureza e o urbano. Os grandes eventos são apenas uma expressão dessa magnitude que Manaus tem em sua vocação. Há Relações Públicas que atuem nessa área? Se sim, poderia nos contar qual a importância desses para a efetividade da realização de todos esses eventos? Não temos profissionais de Relações Públicas atuando na área profissional para fins de realização dos Grandes Eventos. Atualmente essa demanda é absorvida pela Assessoria de Comunicação, onde temos 4 jornalistas (1 atuando como videomaker), 1 publicitária, 2 estagiários de jornalismo, 1 fotógrafa, e 1 designer. 

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